18 de set. de 2010

Grupo Terapêutico

Estou formando um grupo terapêutico voltado para pessoas que tenham como objetivos o autoconhecimento e o equilíbrio emocional, visando o crescimento pessoal e a qualidade de vida.

Vamos trabalhar para valorizar a identidade, sensibilizar para a importância do autoconhecimento, favorecer a autoestima, buscar soluções para conflitos, despertar potenciais.

Quintas-feiras às 19h
Início em setembro

Local: Niterói - RJ
Contato: carolltavares@yahoo.com.br

3 de ago. de 2010

Re-significando ideias e símbolos

[Caroline Tavares]


“Nada deve parecer natural, nada deve parecer
impossível de mudar.” (Bertold Brecht)

Era um senhor de setenta anos, até há muito pouco tempo, independente. Com o acidente vascular foi obrigado a uma cadeira de rodas. Tinha que viver com grandes limitações motoras, mas sua capacidade intelectual estava intacta. Ele não se conformava com o paradoxo. Sentia-se muito mal pela perda da autonomia, pela sua incapacidade, por precisar dos outros, por supor incomodar, por enxergar – aqui e ali – alguma falta de respeito, por ser tratado como criança ou como ausente, pela falta de atividades sociais. Não se via mais ali, naquela vida.

Muitos trabalhos estavam sendo encaminhados: fisioterapia, fonoaudiologia, médicos e medicamentos, acompanhantes e cuidadores. Muita cobrança por melhora, para que ele se levantasse logo daquela cadeira e fizesse a vida – de todos – voltar ao que era.

Na primeira sessão levei alguns materiais para ver qual seria mais agradável para ele e qual se adaptaria melhor aos problemas de coordenação motora. Foi cooperativo e participante, fez traços coloridos com os lápis de cor e disse que era uma cerca.

Trabalhamos durante quatro meses, em doze sessões com os seguintes objetivos: criação de um canal de livre expressão, busca de autonomia e novas atividades, aumento da auto-estima e fortalecimento da identidade.

Certamente, muito ainda poderia ser trabalhado, visto a complexidade do caso. Porém, nesse curto espaço de tempo foi possível romper a passividade, fortalecer a identidade e “desenhar” uma vida mais agradável, com medidas de rotina mais acertadas e com confiança para falar sobre seus sentimentos, desejos, conflitos e escolhas certo de ser merecedor do respeito de todos.

Essa mudança teve início nas primeiras sessões, com a re-significação de um símbolo. Fez o primeiro desenho sem nenhuma intenção, pegou os lápis, um de cada vez, e riscou precariamente; depois olhou e reconheceu uma cerca. A cerca era colorida, mas, para ele retratava a prisão em que se encontrava. Sem autonomia, sem movimento, sem voz, sem escolha, sem esperança, sem motivação.

Na segunda sessão, voltamos ao desenho e falei sobre a cerca poder ser um refúgio, um lugar interno de força e proteção. E os olhos dele acenderam, ficou encantado e emocionado com essa possibilidade. Seu segundo desenho foi uma casa em perspectiva, feita com dificuldade devido aos problemas de coordenação motora, mas com empenho, firmeza, intenção e empoderamento. Enquanto desenhava falava como se sentia e como era tratado pelos familiares e cuidadores. O vínculo terapêutico se estabeleceu.

A partir daí, trabalhamos, principalmente, com seu nome e com imagens escolhidas por ele. Figuras diversas eram coladas em folhas de papel enquanto ele contava episódios de sua vida; seu nome foi escrito com recortes de revistas, adesivos e assinaturas trêmulas foram repetidas para devolver àquele senhor o seu poder e a sua identidade.

“E é para dentro dessa cidadela de silêncio que o homem ‘espiritual’ se recolhe, a fim de defender-se contra todos os ataques do exterior, dos sentidos e da ansiedade, pois nela reside o seu poder, e é dela que ele extrai a sua força.” (Dicionário de Símbolos – Chevalier e Gheerbrant)

Este exemplo ilustra a maneira como ideias pré-estabelecidas podem engessar a criatividade e o surgimento de novas visões. E também como a Arteterapia pode contribuir para a transformação e re-significação da vida.

4 de jun. de 2010

+ Arteterapia

A arteterapia está comprometida e inserida nos campos da saúde, educação, ciência e arte.

22 de mai. de 2010

O que é Arteterapia?

[Caroline Tavares]


É o processo terapêutico onde diversos tipos de recursos expressivos são utilizados visando possibilitar ao indivíduo vivenciar seus sentimentos, conflitos e buscas de modo que a cada construção externa/expressiva haja também a possibilidade de compreensão e reorganização internas.

Cada material suscita uma sensação e remete a determinado conteúdo a ser trabalhado, a arte propicia a revelação do inconsciente através dos símbolos. Sendo assim, a habilidade e a sensibilidade do profissional são importantes no sentido de oferecer o material que possa proporcionar melhor integração entre o que está sendo vivido e o que possa ser produzido e transformado em veículo de mudanças. A atividade criativa toma uma função regeneradora.

As descobertas e insights oriundos de cada produção expressiva são extremamente positivos no contexto terapêutico que tem seu campo de ação expandido na mesma medida em que se expande também a diversidade de modalidades e materiais que podem ser utilizados. Não há compromisso com a estética fomal, o que é valorizado é a expressão das emoções, é a criação livre como forma de comunicação.

Trata-se de autoconhecimento, equilíbrio emocional e crescimento pessoal através do potencial criativo.

4 de mai. de 2010

Despertando o potencial criativo através da arte

[Caroline Tavares]


Oficina é o lugar onde se exerce um ofício, lugar de trabalho, lugar de fazer.

Criatividade é a possibilidade de se colocar externamente, de fazer com que o que é individual, singular e interno tome forma e sentido em relação à realidade externa.
Uma oficina de criatividade pode utilizar meios diversos para alcançar o mesmo fim – o desenvolvimento da criatividade.

Que características parecem importantes para que a criatividade possa surgir? Flexibilidade, imaginação, ousadia, disponibilidade, senso de humor, curiosidade, autoconfiança e outras.

Sem algumas dessas características o indivíduo em suas relações, na família, na escola, na empresa, pode ter dificuldades para criar. Quando isso ocorre a tendência é a permanência no conforto do conhecido, do pré-estabelecido. A dificuldade com o imprevisto causa insegurança, que causa repetição, num ciclo onde não há lugar para a transformação e a inovação.

Quando na dinâmica de trabalho a arte é eleita como veículo, materiais e recursos expressivos (como pintura, modelagem, colagem, escrita criativa, contos, construção) entram em cena colorindo, movimentado e enriquecendo todo o processo criativo. Cada material guarda em si características próprias que favorecem o despertar dessa ou daquela característica humana necessária para o desenvolvimento e a expressão de potenciais.

A diversidade desses materiais e recursos expressivos oferece à Oficina a possibilidade de trabalhar valorizando a individualidade e originalidade de cada participante, bem como a interação entre eles. E ainda favorece a espontaneidade, a imaginação e o fluxo criativo; estimula a experimentação, a ousadia e a flexibilidade; e sensibiliza para a importância do autoconhecimento e da confiança em si no sucesso do processo criativo.

24 de abr. de 2010

O Segredo da Simplicidade

do livro O Mito do Significado, de Aniela Jaffé. Editora Cultrix.

"Toda declaração sobre o significado, seja uma hipótese ou uma confissão de fé, é um mito, um resultado em parte da consciência e em parte do inconsciente. O homem moderno, entretanto, é racional demais, inteligente demais, demasiadamente conhecedor de tudo, afastado demais da natureza e de suas contradições, e não leva a sério suas próprias intuições e as imagens que surgem de sua alma. (...) Para Jung, o mito converteu-se numa experiência de significado.
Por estar tão próximo da natureza, o significado dos mitos do homem primitivo dá-lhe um sentimento de segurança. Tudo que faz, tudo que experimenta, liga-se intimamente ao cosmo, às estrelas e ao vento, aos animais sagrados e aos deuses. Com sua consciência incomparavelmente mais diferenciada, o homem moderno perdeu o contato com a natureza, tanto exterior quanto interior, com suas imagens psíquicas, e, portanto, com o significado. Ele é unilateral, e prossegue desenvolvendo essa unilateralidade ao longo do caminho da diferenciação intelectual. O homem primitivo e natural que ainda habita dentro dele foi reprimido, e, por isso, degenerou e, de tempos em tempos, é tomado de fúria cega que irrompe nele como um impiedoso bárbaro. O contato do consciente com o inconsciente, curando e reintegrando, restaura a conexão com sua origem, com a fonte das imagens psíquicas. Não é regressão à barbárie, mas uma regeneração através de uma relação renovada e consciente com um espírito vivo, imergido do inconsciente. Cada passo para a frente no caminho da individuação e da cultura da alma é ao mesmo tempo um passo para trás no passado, nos mistérios da nossa própria natureza."

17 de abr. de 2010

A doença como evento familiar

[Caroline Tavares]


Quando um membro da família adoece, todos estão implicados.
Seja a doença física - aguda ou crônica, seja psiquíca ou um transtorno de comportamento, a doença envolve para além do paciente.
É um momento delicado, onde os familiares, em alguns casos, precisam funcionar como cuidadores e/ou acompanhantes. O sentimento de culpa pode estar presente, assim como o de cerceamento, invasão ou limitação. Também é possível que situações emocionais não resolvidas no passado voltem à tona, causando angústia.
O indicado nessas situações, é que a família procure suporte na orientação profissional, além do tratamento específico para o paciente.

6 de abr. de 2010

Grupo de Mulheres

Convite para formação de grupo de mulheres

Objetivo: Vivência e partilha de experiências de crescimento pessoal.

Através de contos, materiais expressivos, jogos, técnicas corporais e arteterapia vamos caminhar na direção do autoconhecimento e da criatividade.

Serão 6 encontros, um sábado por mês, cada um com um tema.


Facilitadora - Caroline Tavares - Psicóloga crp14314/05 e Arteterapeuta aarj172


Dias 17/04, 15/05, 19/06, 17/07, 21/08 e 18/09
De 9h30 as 16h30

Local: Niterói | RJ

Inscrições antecipadas pelo e-mail: carolltavares@yahoo.com.br

28 de mar. de 2010

Mude uma vida, mude o mundo.

Faça uma doação, apadrinhe uma criança, conheça os projetos:

www.mudeumavida.org.br



20 de mar. de 2010

Resenha: As Três Ecologias de Félix Guatari

[Juliana Veiga *]


O autor inicia o livro narrando sobre as intensas transformações técnico-científicas do Planeta Terra que acabam por engendrar fenômenos de desequilíbrios ecológicos. Ao mesmo tempo os modos de vida individuais e coletivos se encaminham para uma padronização dos comportamentos, como ele cita. Além de que “a vida doméstica vem sendo gangrenada pelo consumo da mídia”.

Para a mudança desse quadro, Guattari propõe a articulação ético-política, que ele chama de ecosofia, entre o que seriam os “três registros ecológicos”: o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana. Para ele, o que está em questão é a maneira de se viver no planeta daqui em diante.

A resposta a essa crise ecológica viria da revolução política, social e cultural. “Essa revolução deverá concernir, portanto, não só às relações de forças visíveis em grande escala mas também aos domínios moleculares de sensibilidade, de inteligência e de desejo”, ou seja, de subjetividade.

Porém, os Estados se impõem cada vez menos como instâncias mediadoras, se colocando a serviço do “mercado mundial e dos complexos militar-industriais”.

Dessa maneira, o paradoxo está instalado: de um lado, o desenvolvimento de meios técnico-científicos com potencial de resolver e reequilibrar as problemáticas ecológicas dominantes, e de outro, a incapacidade das forças sociais e, portanto, subjetivas de se apropriar desses meios para torná-los positivos, funcionais, ou operativos como coloca o autor.

Apesar disso, alguns fatos nos levam a pensar que transformações estão em curso. Guattari dá o exemplo da designação de mulheres para cargos de chefia e reivindicação de paridade homem-mulher nas instâncias representativas.

“A nova referência ecosófica indica linhas de recomposição das práxis humanas nos mais variados domínios (...) Trata-se, a cada vez, de se debruçar sobre o que poderiam ser os dispositivos de produção de subjetividade, indo no sentido de uma re-singularização individual e/ou coletiva, ao invés de ir no sentido de uma usinagem pela mídia, sinônimo de desolação e desespero”.

Isso significa dizer que a ecosofia social se constitui a partir do desenvolvimento de práticas específicas que modifiquem e reinventem maneiras de ser no que diz respeito à família, ao casal, ao contexto urbano, ao trabalho, etc. Um casal não é mais necessariamente composto por homem e mulher, uma família não é necessariamente composta por filhos biológicos.

Ou seja, é inconcebível querer aplicar as mesmas fórmulas do passado numa sociedade que, ao contrário, deve se reinventar conforme as demandas e subjetividades de sua época.

Nesse domínio, o autor comenta: “Não nos ateríamos às recomendações gerais mas faríamos funcionar práticas efetivas de experimentação tanto nos níveis microssociais quanto em escalas institucionais maiores.” Entendo níveis microssociais como “locais de atuação” dos grupos sociais, como a família, a escola, a igreja, os espaços culturais. Escalas institucionais maiores seria basicamente o Estado e suas formas de poder.

Aqui entendo que o autor propõe agir nas brechas, partindo de uma micropolítica (escola, família, espaços culturais, etc) para reinventar a macropolítica e suas formas de engendrar o poder.

O autor sugere falar em componentes de subjetivação ao invés de sujeito, para reexaminar a interioridade do indivíduo que se dá no “cruzamento de múltiplos componentes relativamente autônomos uns em relação aos outros e, se for o caso, francamente discordantes”. Ou seja, essa interioridade é composta por antagonismos que não são necessariamente complementares.

Sobre a psicanálise, Guattari fala da importância de seus “fantasmas” serem desmascarados no sentido de uma não sustentação das nossas maneiras de pensar a sexualidade, a infância, a neurose. A questão colocada por ele é de re-orientar esses conceitos e práticas para dar-lhes outro uso, desenraizando-os de suas fórmulas prontas, deterministas, enfim, dos estereótipos e repetições “congeladas”.

E para isso, ele cita a “lógica das intensidades ou a eco-lógica”, em oposição à lógica dos conjuntos discursivos, que leva em conta o processo de “se pôr a ser”, o movimento; rompendo com o que é totalizante, pondo-se a trabalhar por conta própria. É algo que se coloca atravessado à ordem “normal” das coisas.

O que o autor chama de Capitalismo Mundial Integrado (CMI) tende, cada vez mais, em tirar seu foco de poder das estruturas de produção de bens e serviços para as estruturas que produzem signos; subjetividade. É a produção de subjetividade por intermédio da mídia, da publicidade.

A questão que se coloca para o futuro é a de cultivar a produção singular da existência, ou o que ele chama de dissenso. Ou seja, o cultivo da diferença como algo positivo e possível. É a partir daí que devem surgir frentes heterogêneas para articular as novas práticas ecológicas, ou seja, micropolíticas e microssociais.

O que Guattari propõe é fazer com que a singularidade, a exceção, a raridade funcionem junto com uma ordem estatal o menos pesada possível. A eco-lógica não se propõe resolver os contrários, mas os coloca em luta.

“Essa nova lógica ecosófica, volto a sublinhar, se aparenta à do artista que pode ser levado a remanejar sua obra a partir da intrusão de um detalhe acidental, de um acontecimento-incidente que repentinamente faz bifurcar seu projeto inicial, para fazê-lo derivar longe das perspectivas anteriores mais seguras.”

É a possibilidade da mudança, do fazer diferente, do re-significar, que permite o não-engessamento das práticas culturais.

* Mestranda em Cultura e Territorialidade na UFF
Texto escrito em 2009, na graduação em Produção Cultural UFF.

13 de mar. de 2010

A Arteterapia e sua função transformadora

[Caroline Tavares]


A Arteterapia quer acordar essências. Quer despertar potenciais existentes mas não disponíveis – talvez por falta de uso, de hábito ou de coragem. Quer apontar para a singularidade do ser individual.

Para tanto, tem como fio condutor a criatividade, que funciona também como um desbloqueador, gerando um ciclo onde a criatividade desbloqueia potenciais que desvendam possibilidades que encorajam a criar. E assim, outros pontos são tocados, novas alternativas se apresentam, a confiança aumenta e a criatividade se expande, num ciclo sem fronteiras.

Para uma visão holística-integral do ser humano, é preciso ampliar o olhar além das dicotomias, como corpo/mente, emoção/razão. Há muito o homem foi partido e, apesar de estar tentando reconquistar a inteireza, o caminho é árduo. Hábitos, costumes e culturas não se transformam de um dia para o outro.

De diversas formas nas diversas culturas, o homem foi sendo fragmentado mais e mais. A culminância dessa maneira de perceber o humano se deu com o aumento cada vez maior da especialização médica. O avanço tecnológico e o aumento de conhecimento trouxeram inúmeras inovações importantes para o aumento da média de vida e de sua qualidade, porém, consequentemente, o homem foi sendo visto com uma lente cada vez mais profunda e menos ampla.

Desse ponto de vista, o caminho para uma percepção mais integral vem sendo resgatado pela revalorização da homeopatia, terapias complementares, corporais e energéticas e psicologia profunda, além do aumento do interesse pela cultura e filosofia orientais que têm como fundamento o ser integral.

Como a Arteterapia pretende trabalhar com a integralidade do ser, apresenta abordagem onde o indivíduo entra em contato com os elementos da natureza: terra, fogo, água e ar. Dessa forma, pode ter a noção concreta de que traz em si várias nuances, mas que a coerência com a unidade e a inteireza são possíveis. Também pode compreender melhor as características e diferenças individuais, melhorando a qualidade de seus relacionamentos.

No início do século XX, o suíço Carl Gustav Jung tornou-se médico psiquiatra e passou a desenvolver sua própria teoria psicológica. A colaboração com Sigmund Freud e uma profunda auto-análise, deram início a um extenso estudo científico acerca da psique humana.

Em sua teoria, descreve quatro funções psicológicas: sensação, intuição, sentimento e pensamento, que, junto aos conceitos de extroversão e introversão, formam seus oito tipos psicológicos; onde cada pessoa possui uma função principal, uma inferior e duas auxiliares.

Analogamente, podemos relacionar cada função da teoria analítica a um elemento da natureza. A sensação está ligada ao corpo e ao sentido proprioceptivo, sua relação é com a terra, elemento concreto, que limita. A intuição é relacionada ao fogo e ao que é primordial e espiritual. Sentimento e água correlacionam-se na fluidez e expansão, estão ligados à emoção. O pensamento é tão impalpável e pode tomar tanto espaço quanto o ar.

A ideia de inteireza está ligada, entre outros fatores, ao equilíbrio das quatro funções, respeitando-se, no entanto, a predominância de uma ou outra como característica pessoal.

Na Arteterapia, a busca do equilíbrio se dá com o fazer. De forma que cada um dos quatro “despertadores” (sensorial, intuitivo, emocional e mental) toque o indivíduo, acordando algo que ainda estava adormecido. Então, a cada produção há uma associação interna, o trabalho e a expressão concreta levam a uma tomada de consciência e consequente possibilidade de mudança.

Arteterapia é transformação. Sua função é possibilitar e promover mudanças com vista à integralidade do indivíduo e consequente melhora em sua qualidade de vida. É colaborar para a construção de um mundo onde a possibilidade de escolha, a liberdade e o respeito à singularidade sejam fatores chaves para a vida em comunidade. É acreditar que o ser humano pode viver de forma integral, respeitando seus próprios limites e características e exaltando e orgulhando-se de seus talentos. É sonhar e trabalhar por uma sociedade mais cooperativa, saudável e feliz; pela humanidade no sentido estrito da palavra.