28 de dez. de 2011

Sobre Criatividade

Criatividade é a possibilidade de colocar externamente; de fazer com que o que é individual, singular e interno tome forma e sentido em relação à realidade externa.


“... e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu.” (Winnicott)


"A exploração dos fenômenos do inconsciente relaciona-se de modo fascinante com a criatividade.” (Rollo May)


“... a criatividade é um potencial inerente ao homem, e a realização desse potencial uma de suas necessidades.” (Fayga Ostrower)


“A criatividade não é um movimento solitário. Nisso reside seu poder. O que quer que seja tocado por ela e quem quer que a ouça, que a veja, que a sinta, que a conheça serão alimentados.” (Clarissa Pinkola Estés)


“Mas, não é o amor, a origem de toda a criação? Com base nisto, todo e cada ser humano é um artista em potencial.” (Henri Matisse)


“A intuição está na base dos processos de criação. (Fayga Ostrower)


"É através da percepção criativa, mais do que qualquer outra coisa, que o indivíduo sente que a vida é digna de ser vivida.” (Winnicott)


“Criar – essa é a grande redenção do sofrimento, é o que torna a vida mais leve. Mas, para que o criador exista, são deveras necessários o sofrimento e muitas transformações.” (Nietzche)


“...todos os processos de criação representam, na origem, tentativas de estruturação, de experimentação e controle, processos produtivos onde o homem se descobre, onde ele próprio se articula à materialidade das coisas e que novamente são transferidas para si.” (Fayga Ostrower)


“Todo ato de criação é, antes de tudo, um ato de destruição.” (Picasso)


“Criar é tão difícil ou tão fácil como viver. E é do mesmo modo necessário.” (Fayga Ostrower)


“Quando a inspiração criadora vence as barreiras e se torna consciente, temos a convicção subjetiva de que a forma só pode ser essa.” (Rollo May)


27 de out. de 2011

"A co-presença do visível e do invisível sustenta a vida."

James Hillman continua:

"A grande tarefa de uma cultura que sustente a vida, então, é manter os invisíveis ligados, os deuses sorridentes e satisfeitos. É convidá-los a ficar, e para isso, agradá-los com rituais e oferendas. Com cantos e danças, pinturas corporais e ladainhas. Com celebrações de datas e memórias. Com grandes doutrinas como a da encarnação e com pequenos gestos intuitivos - ... Tudo isso não tem nada a ver com crença, ... É simplesmente um meio de não esquecer que os invisíveis podem ir embora, deixando-nos apenas com relacionamentos humanos para nos dar proteção."

24 de out. de 2011

Com-chita


Trabalho de Carla Espínola

Apresentado na exposição De Cor-AÇÃO, realização da Clínica Pomar, na Galeria La Salle - Niterói, em outubro de 2011


"Sinto Com-chita como bailarina das cores e do tempo...

É do interior, onde moram a leveza e a simplicidade.

Tem nos pés a liberdade dos passos, que traçam no tempo e no vento sua história.

Ouve a música secreta do seu coração e vai bailando feliz pela vida."

21 de out. de 2011

Fiando imaginação

Algumas imagens construídas no encontro 7 do Projeto Qualidade de Vida, referente ao conto Fátima, a fiandeira.




19 de out. de 2011

Num dia

A mãe ligou querendo dar alguns esclarecimentos. Depois de enumerar os comportamentos que ela gostaria que o filho mudasse, perguntou: Ele chora?

A moça queria transformar seu ciúme agressivo, garantias lhe fazem falta; nos seus sonhos infantis, super heroínas e portos seguros, até a mudança do pai.

O rapaz ansioso percebeu que a expectativa que tinha em relação à sua namorada era a mesma que o fazia chorar quando sua mãe saía escondida para o trabalho, há anos atrás.

O menino desenhava chorando a incompreensão que sentia vir de todos os lados; comendo exageradamente, reagia de modo a se convencer de sua inutilidade.

Para eles e para quem mais quiser:


30 de ago. de 2011

Projeto Qualidade de Vida

PROJETO QUALIDADE DE VIDA

corpo|alma|mente|criatividade|

comunicação|comportamento

3 módulos:

è CUIDADOS PESSOAIS

* Meditação – do latim, refletir, voltar a atenção para dentro de si

* Reconhecimento e metas – quem sou e o que quero

* Neuróbica – exercícios mentais para a estimulação do cérebro

* Cuidados com o corpo – alimentação, exercícios físicos, massagem

è CRIATIVIDADE E COMUNICAÇÃO

* Motivação e expressão – o que me movimenta e qual o meu estilo

* Exercícios de criatividade – despertando o potencial criativo

* Comunicação – acertos, falhas e ruídos

è PADRÕES DE COMPORTAMENTO

* Padrões – entendendo hábito, impulso, necessidade

* Administração do tempo – fazendo escolhas

* Movimento Slow – contrapondo a pressa

* Ferramentas de mudança – como modificar padrões

Atividades paralelas:

Grupo de Meditação|Oficina de Criatividade|Oficina de Memória|História da Arte

TURMA 1 – Quintas-feiras de 19h às 21h

Setembro: 8, 15, 22, 29|Outubro: 6, 13, 20, 27|Novembro: 3, 10, 17, 24

TURMA 2 – Sábados de 9h às 17h

24 setembro | 22 outubro | 26 novembro

CAROLINE TAVARES

Psicóloga – crp 14314/05 * Arteterapeuta – aarj 172 * Terapeuta Floral – de Bach

www.umfocosubjetivo.blogspot.com

www.campodeflor.blogspot.com

CONFIRME SUA PRESENÇA:

21 8624-0342

carolltavares@yahoo.com.br


Local: Rua Nilo Peçanha, 99/601 Ingá|Niterói

6 de ago. de 2011

Citando William Morris

Pintor e escritor inglês, um dos fundadores do movimento Arts and Crafts no século XIX.

"A arte é a alegria no trabalho."

10 de mai. de 2011

Entrando em cena 3

Há pouco mais de dois meses recebi a mãe de um adolescente buscando acompanhamento para o filho. Pouco tempo antes ele tinha feito terapia com outra profissional, mas foi um período curto pois quis parar e a família concordou porque não tinha recebido feed-back, além de julgarem o preço alto. Logo depois, o rapaz pediu para procurar outro profissional, pois estava muito angustiado, foi então que eles chegaram a mim.

Rapaz tímido, com alma de artista, a música é seu elo positivo com a realidade. No mais, a interação é difícil. Trabalhamos juntos quase dois meses, eu via a possibilidade do processo acontecer; ele entrava em cena, fazia bem a trilha sonora. Até o dia em que seu pai ligou avisando que ele não iria mais às sessões, estava "irredutível". Ao mesmo tempo, pediu-me indicação de outro psicólogo, para dar continuidade ao trabalho.

O rapaz percebeu que o processo terapêutico desvenda algumas dificuldades e angústias, alimenta outras e pode gerar outras. Mas, ainda não percebeu que buscar vários primeiros atos não contribui para que a encenação gere os benefícios próprios do processo. É preciso tempo.

Entrando em cena 2

Há pessoas que já chegam ao consultório com o "roteiro" pronto; o processo flui, não dá pra dizer que flui facilmente, pois nem todo processo é fácil, mas é o momento e flui. Outros chegam precisando de uma "mãozinha", uma co-direção; um feed-back certeiro aciona o fluxo. Há também os que têm dificuldades maiores, que precisam de muito tempo de preparação para que consigam entrar em cena e, talvez, caminhem devagar. Mas há os que nada faz acionar o fluxo, o processo não começa, parece estar em pausa, falta um clique que não acontece ou não conecta. Algumas vezes é melhor tentar mais tarde.

28 de abr. de 2011

Entrando em cena

[Caroline Tavares]

Receber alguém no consultório pode ser uma tarefa muito diferente a cada vez.

Há quem já tenha feito psicoterapia, há os que imaginam como se dá o processo, e, entre outras expectativas, há os que procuram A solução rápida e objetiva do seu incômodo.

No início, no processo de formação de vínculo, algumas coisas vão ficando claras para as duas partes, inclusive que, muito provavelmente, as respostas não serão mágicas, dependerão sim de algum trabalho, tempo, persistência e mais.

Testemunhar o momento desta descoberta é ímpar - quando aquela pessoa percebe a sua vida, o seu problema e a si própria como um sistema muito mais complexo do que ela julgava até ali; quando ela percebe que está totalmente implicada em tudo aquilo e que a resposta procurada virá dela mesma; quando ela percebe que o coadjuvante é o terapeuta e que ela é roteirista, diretora, atriz, figurante, iluminadora, cinegrafista, etc, etc.

Optar por ser espectador do seu próprio processo pode significar apertar o pause ou voltar as cenas em retrocesso e depois repetí-las, imaginando ter o controle nas mãos.

24 de abr. de 2011

Ciclos

Receber, acolher, ouvir, olhar, sentir, espelhar, devolver, acompanhar

22 de jan. de 2011

A importância da atenção às subjetividades

[Caroline Tavares]

Na minha prática profissional busco identificar e estimular potenciais, tanto em crianças quanto em adultos com quem trabalho, seja em grupo ou individualmente.

Estou acompanhando dois meninos da mesma idade e as diferenças entre eles chamaram minha atenção. Então fiquei (re)pensando: em que medida os potenciais individuais são valorizados e, consequentemente, respeitadas e estimuladas as subjetividades? Será que a exigência de chegar a “resultados esperados” faz com que cuidemos da homogeneização dos indivíduos – ainda crianças – em favor da aceleração dos processos? Que tantos outros motivos temos para desconsiderar as individualidades? Será que já percebemos as consequências disso? Perguntas que se aplicam a qualquer pessoa, já que, de alguma forma, todos estamos implicados no desenvolvimento da sociedade.

Se fecharmos o foco em escolas e famílias – instituições ligadas direta e precocemente aos indivíduos – podemos refletir sobre a forma como as crianças são avaliadas e julgadas por serem mais ou menos capazes de atingir metas previamente determinadas.

Neste ponto considero importante mencionar o avanço do conceito de inteligência, implementado através de diversos estudos no decorrer do século XX, e gostaria de destacar a teoria das Inteligências Múltiplas, por extrapolar o binômio linguístico-matermático e valorizar outros tipos de inteligência. Para H. Gardner, as inteligências “são potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros.” As sete inteligências originais propostas pelo autor são: linguística, lógico-matemática, musical, físico-cinestésica, espacial, interpessoal e intrapessoal; além de outras três que foram sugeridas posteriormente: naturalista, espiritual e existencial.

Volto à reflexão inicial com a intenção de sublinhar a importância da atenção às subjetividades. Tanto do ponto de vista do indivíduo, que se beneficia com a valorização e estímulo de suas potencialidades; quanto do ponto de vista da sociedade, que lucra com a riqueza das diferenças, das muitas possibilidades, das quase infinitas maneiras de estar e agir no mundo.

2 de jan. de 2011

Consultórios

No Ingá, Niterói e no Castelo, Rio de Janeiro.