Rapaz tímido, com alma de artista, a música é seu elo positivo com a realidade. No mais, a interação é difícil. Trabalhamos juntos quase dois meses, eu via a possibilidade do processo acontecer; ele entrava em cena, fazia bem a trilha sonora. Até o dia em que seu pai ligou avisando que ele não iria mais às sessões, estava "irredutível". Ao mesmo tempo, pediu-me indicação de outro psicólogo, para dar continuidade ao trabalho.
O rapaz percebeu que o processo terapêutico desvenda algumas dificuldades e angústias, alimenta outras e pode gerar outras. Mas, ainda não percebeu que buscar vários primeiros atos não contribui para que a encenação gere os benefícios próprios do processo. É preciso tempo.
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